Por Astor Cruz Serra
Vais partir minha amiga, misteriosa,
Para longe de mim, pobre poeta,
Que vaga pela vida tormentosa,
Tendo a alma de quimeras mil repleta.
Vais deixa-me sozinho, a alma saudosa,
Imerso numa dor grande e repleta,
Sem teu olhar, sem tua voz maviosa,
No abandono… no exilio…pobre poeta!
Ambos os olhos tenho rasos d´agua,
Já me corta o punhal da grande mágoa,
Da despedida inevitavel, crua.
E o que mais me crucia e me espezinha,
É que já tens a propria vida minha,
E eu meu siguer uma lembrança tua